terça-feira, 10 de setembro de 2013

Maioria dos estrangeiros do Mais Médicos são cubanos

A primeira etapa do acordo feito entre o governo brasileiro e a Organização Pan Americana de Saúde (Opas) trouxe para o Brasil 522 médicos estrangeiros, dentre esses, 400 cubanos. Para as regiões Norte e Nordestes serão deslocados 364 profissionais. O restante vai atuar no Sul e Sudeste do país.
Até o final do ano está previsto a chegada de 3.600 médicos cubanos que prestarão serviços em 701 municípios que não foram selecionados por médicos brasileiros com formação no Brasil ou com formação no estrangeiro. A distribuição foi feita de acordo com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada município e os cubanos atenderão em unidades básicas de saúde.
Os 16 anos de experiência no Haiti e a especialização em medicina da família, não livrou os médicos cubanos do preconceito. No dia 26 de agosto,sofreram forte represália por parte de um contingente de 50 médicos no Ceará, que receberá 28 profissionais cubanos. O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec). Os membros do Simec xingavam os estrangeiros.
Eles reivindicavam a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) para conceder aos estrangeiros o registro profissional de medicina. E indagavam também os 21 dias que os médicos teriam para aprender o português, a medicina e a legislação do SUS (Sistema Único de Saúde). Outros associações classistas ligada aos médicos também criticaram a vinda dos estrangeiros e entraram com uma ação no Supremo tribunal Federal (STF) questionando o programa Mais Médicos. 

Tamara Aquino

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