O Brasil viveu, recentemente, um momento único -
onde milhares de pessoas foram às ruas manifestar por seus direitos. O
movimento também repercutiu na web, talvez até antes de chegar ao asfalto,
graças ao poder das redes sociais.
A mídia intensificou a cobertura online e o cidadão
comum participou ativamente desse processo, virando produtor e multiplicador de
notícias.
Mas o que tudo isso tem a ver com o storify? Não se tratam de meros rodeios. A web tem revolucionado o modo de fazer
notícia mundo afora e, nesse contexto, a ferramenta faz todo sentido.
Contar histórias através de outras histórias, sem o
cunho social de redes de relacionamento, como facebook e twitter. Na
verdade, o conteúdo postado/tweetado é a base do storify,
que usa fragmentos de informações compartilhados por
essas mídias para criar novas narrativas.
Usos
A possibilidade de compilar o conteúdo das
redes sociais acabou se tornando uma mão na roda para veículos jornalísticos,
sites e jornalistas independentes, blogueiros. Não à toa, o storify, que,
aliás, foi criado por um ex-repórter, reúne perfis como o do Washington
Post e, aqui em Fortaleza, do Diário do Nordeste.
Rosa Hermann, autora do blog Querido Leitor,
vinculado ao R7, se referiu ao storify como uma ferramenta útil e simples. Nos
comentários, o usuário que se identificou apenas como Emílio agradeceu a dica e
completou: "Muito bom mesmo, uma maneira de criar histórias a partir de
tudo o que se publica. O que ainda ficou para ser dito, no Storify dá para
aprofundar o assunto, criar um novo texto."
Rafael Rodrigues, jornalista e professor
universitário, trouxe a ferramenta da redação para a sala de aula. Rafael
acredita que o storify pode estimular o exercício de diversos conceitos, como
curadoria de conteúdo e crowdsourcing.
O storify é muito explorado
no exterior, mas ainda pouco popular Brasil. Rafael acredita que um dos
principais motivos é a falta de tradução para o português e sua utilização mais
específica. "Ela não é uma rede social, é um repositório de informações.
Ela é uma espécie de jornal ou de blog feito dessas narrativas. Então, isso
contrapõe um pouco com o que é a tônica do uso da internet hoje, no sentido de
que as ferramentas são essencialmente sociais" - explica.
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