quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Cuidados de beleza de uma surfista



Por: Bárbara Camurça  

As meninas têm invadido as praias e conquistado o respeito dos homens em cima da prancha. Mas, como elas mantém a saúde e a beleza tendo que lidar com a exposição ao sol e a água do mar com tanta frequência? Amanda Rodrigues, 21, e Diana Serrano, 24, que surfam a quatro anos e dois anos e meio, respectivamente, contam os seus segredos de beleza.

Para a pele as surfistas não abrem mão do protetor solar, desde o mais tradicional de uso tópico - aquele creminho! - até o via oral, no caso de Amanda, que garante a proteção se o protetor convencial perder a eficácia em contato com a água. Os que seguem a linha "base’. No dia-a-dia os cuidados continuam com bloqueador solar, hidratantes e máscaras vegetais para repor os nutrientes. A dica para os lábios, pasmem, é o Hipogloss! Evita o ressecamento e reflete os raios UV por causa do óxido de zinco em sua composição. 

Diana garante que uma vez surfista, sempre surfista. Foto: Arquivo pessoal.

O tão sonhado surf hair é mantido com protetor para cabelos e hidratações semanais, além de shampoos específicos para recuperação pós-sol. No dia-a-dia, limpeza com bons produtos, protetor solar em gel para não deixar a pele oleosa e cremes que evitam o envelhecimento precoce e as manchas causadas pelo sol. E no máximo de seis em seis meses um horário na agenda para a dermatologista, vencendo a preguiça e mesmo sabendo que ela vai reclamar, conta Diana.

Mas os cuidados não se restringem a boas marcas. A alimentação é composta por frutas, carnes magras, alimentos integrais, ricos em nutrientes, livres de gordura e açúcar, além de muita água!

Amanda nas geladas ondas do inverno carioca. Foto: Arquivo pessoal.

 Para as iniciantes e recém-apaixonadas pelo surfe as meninas falam:

"Para quem está iniciando ou gostaria de iniciar, é nunca parar de correr atrás do que lhe faz bem, do que lhe deixa feliz! Se você já sentiu o prazer de surfar uma onda sabe que não tem sensação igual a essa na vida, porque só de entrar no mar e esquecer do resto do mundo (...) traz uma felicidade que não há preço que pague. Se no início for um pouco difícil, não desanime! A recompensa será maior que qualquer obstáculo! O surf transforma vidas, (...) é um estilo de vida!"- Amanda Rodrigues

"Primeiro, começar o quanto antes e não ter vergonha! Com certeza é um universo muito masculino, mas isso vem mudando. Cada vez mais se vê meninas na água, surrando juntas, se ajudando... Isso é muito bacana. É importante também que se procure uma escolinha de surfe, pra aprender com mais segurança até que se crie uma autonomia no mar. O surfe é um esporte apaixonaste e sem dúvidas traz experiências inesquecíveis! Quem começa não quer mais parar!" - Diana Serrano

Para inspirar!

Filme - Soul Surfer


Meninas que vão além do surfe

Por Niedja Amazonas

  Praticar mais exercícios físicos do que o comum aumenta a satisfação das pessoas com a vida. Esse estudo foi feito pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos.  Prova disso é ver o crescimento de pessoas procurando mais atividades para fazer. Não é raro ver atualmente mulheres que tem diversas atividades em suas listas de afazeres e mesmo assim ainda “inventam” mais exercícios pra fazer.


   Beatriz Oliveda, 22, é modelo, fisioterapeuta, instrutora de pilates, bailarina e sua mais nova paixão é surfar.  Para ela, que faz atividades de segunda a sexta e também no domingo, não existe falta de tempo para quem quer se movimentar, e sim, falta de interesse. E quanto mais ela procura fazer exercícios, mais disposta fica pra fazer outros. Beatriz costuma descansar nos finais de semana, sair pra jantar e dormir bem no sábado, para domingo aguentar as ondas. 


Instagram pessoal @biaoliveda



   Clarisse Albuquerque, 22, busca equilibrar sua faculdade de Engenharia Elétrica e suas atividades físicas. Toda semana, procura correr de manhãzinha antes de ir pra faculdade e a noite intercala entre ioga e treinos funcionais. A modelo, que já surfa há dois anos, todo final de semana está na praia e também faz sup. Aos sábados curte ir a um barzinho, fazer viagens e ir a festas como qualquer garota de sua idade, mas acorda cedo porque não pode perder a praia do dia seguinte.
Instagram pessoal @clarissealbuquerque

As ondas são delas



O surfe feminino se expande no cenário cearense dos esportes radicais e ganha cada vez mais adeptas do “estilo do mar”. 

Por: Gabriel Rodrigues   

O  Ika Moana é formado por 10 meninas surfistas que buscam viver as aventuras do surfe. Foto: Txai Nunes.

Se durante muito tempo, a prática do surfe foi predominantemente masculina, atualmente esse cenário está mudando. Mulheres de variadas idades disputam as ondas “no braço” ao lado dos homens. São garotas que escolhem viver a filosofia das ondas, aliada à saúde, ao bem-estar e à preservação da natureza. A estudante Bárbara Furtado é um dessas meninas e atribui o seu despertar no surfe à sua curiosidade, já que sempre morou próxima à praia. “Por sempre ter morado perto do mar, eu sempre via gente surfando. Então fui atrás de conhecer o esporte, ‘meti as caras’ e aprendi a surfar”, conta. A surfista atribui o crescimento do surfe feminino à quebra de preconceitos. “Por ser um esporte radical, os homens tinham o pensamento machista de que as mulheres não conseguiriam praticar ou seriam sempre inferiores. Quando eles perceberam que as meninas tinham atitude e desciam as ondas sem medo, essa divisão acabou”.



 Já para a estudante de oceanografia, Lara Lua, o surfe foi uma forma de estar conectada ao seu principal instrumento de trabalho: o oceano. Lara é idealizadora de um grupo de 10 meninas surfistas e universitárias, o Ika Moana (que significa “conexão com o mar e protegido dos ventos”) que surgiu com o intuito de divulgar e expandir o surfe feminino. “Nosso intuito nunca foi dizer que éramos as mais radicais, mas sim mostrar o estilo de vida de uma surfista. A melhor surfista é aquela que se diverte. Contagiar a todos com esse estilo é o nosso objetivo, provando que podemos ser surfistas apaixonadas pelo mar em qualquer lugar”, relata. Lara ainda conta que antigamente viam-se poucas meninas no mar, e hoje é notório o envolvimento delas com esporte evidenciado no maior número de praticantes. “O surfe mudou vários dos meus hábitos. E pra quem duvida melhorei até os cuidados com a beleza. Passei a ter uma vida mais saudável e mudei minha rotina. Creio que essa melhoria de vida é o que atrai tantas meninas para o esporte”.

 
Lara que já viajou para diversos países garante que é adepta da busca incessante pelas ondas perfeitas. Foto: Arquivo pessoal.

Para o fotógrafo especializado em surfe, Tavares Junior, as mulheres estão cada vez mais confiantes de sua força. Certos esportes atribuídos apenas aos homens por serem ditos perigosos perderam essa denominação. Além disso, as mulheres são graciosas, fator que se reflete numa foto. “Elas deixam a foto mais bela principalmente pela postura. A graça feminina é o grande diferencial. Parece ser algo que realmente é feito com prazer e foge da ‘agressividade’ radical do surfe masculino. Elas possuem mais leveza”, diz.

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