quarta-feira, 18 de março de 2015

Seca do Sudeste afeta industrias e prejudica Economia do Brasil

O Estado de São Paulo já está sentindo os efeitos causados pela falta d’água. Restaurantes e fábricas estão enfrentando cortes nos fornecimentos de seus produtos. Ameaçando o crescimento da economia no Estado responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A empresa Fibria Celulose, responsável na produção de celulose de eucalipto, está desempenhando um plano de ação para o caso de ter sua água cortada e a Associação da Indústria Açucareira Única, organização representativa do setor de açúcar e bioetanol no país, alertou as usinas a adotarem outro plano. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que representa o setor têxtil, disse que seus colaboradores já estão vivendo uma escassez.

Leonardo Dutra, diretor de consultoria em sustentabilidade da Ernst Young explica a representatividade que São Paulo tem na economia. Segundo ele, tudo que acontece no Estado reflete o PIB nacional. "Sem dúvida a falta de água pode prejudicar a recuperação econômica do país", afirmou.

A economia do Brasil vem caindo de janeiro a junho pela primeira vez desde 2009. Com cerca de 40 milhões de habitantes dispersado por 250 mil quilômetros quadrados, o Estado de São Paulo é geograficamente maior do que alguns países da Europa, como o Reino Unido, por exemplo.

Neste mês, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que setenta das 645 cidades do Estado já estão lidando com a escassez de água e 38 começaram a racionar.

A indústria e as companhias fornecedoras de água também enfrentam custos que só aumentam devido à crise hídrica. As empresas precisam comprar água de fornecedores fora de sua região e estão gastando muito para purificar a pouca água que ainda tem das atuais reservas, disse o professor da Unicamp, Ademar Ribeiro Romeiro.

E não é só as empresas e industrias, a população de São Paulo, está sentindo a falta de água também. Para Dona Marta de Andrade, doméstica, a crise no Estado representa a falta de planejamento dos governantes, “não aguento mais tomar banho de balde”, disse. Economizar água é a única orientação que ela tem no momento, sem previsão de término. O governo alerta as medidas de economia de água para que a crise hídrica não se alastre mais ainda.

Um comentário:

  1. A linkagem desta matéria com as outras propostas está muito bem esquematizado. Com uma linguagem clara e objetivo. No entanto, exploraria dados mais sociais. Por exemplo, entrevistaria pessoas que estão passando necessidade em relação a essa situação.

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